sábado, 15 de janeiro de 2022

Contrato da SAF do Botafogo com investidor prevê R$ 150 milhões até assinatura e título relevante nos primeiros 10 anos de parceria

 O Botafogo amarrou em contrato com o empresário americano John Textor uma série de obrigações para garantir a evolução da nova Sociedade Anônima do Futebol (SAF) não só nas finanças, mas também na relevância esportiva no cenário nacional. Os termos exigem um título importante nos primeiros 10 anos de parceria.


Essa é uma das cláusulas que podem desfazer o acordo entre as partes. São considerados títulos de expressão Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Copa Libertadores e Copa Sul-Americana. Um possível jejum maior que uma década só não rescinde o contrato em caso de seis vice-campeonatos, ou três consecutivos, nesse período. Há uma lógica parecida para rebaixamentos: não é permitido que caia duas vezes, ou que fique fora da primeira divisão por cinco anos seguidos.

Para isso, o Bota amarra a Cláusula de Orçamento Mínimo, válida do primeiro ao sétimo ano, que trata do investimento na folha do futebol profissional. É um reajuste anual de, pelo menos, 50% da receita bruta em comparação com o ano anterior.

O acordo quase sacramentado também prevê investimento de R$ 150 milhões já nos primeiros meses de parceria. Os números estão entre os termos da venda da Sociedade Anônima do Futebol do clube que foram compartilhados com os conselheiros na madrugada desta sexta-feira. Os números foram divulgados primeiro pelo jornal Lance!.

A logística de pagamento

R$ 50 milhões cinco dias após aprovação em Assembleia
R$ 100 milhões na data da assinatura dos documentos definitivos
R$ 100 milhões um ano após
R$ 100 milhões dois anos após
R$ 50 milhões três anos após

A primeira parcela de R$ 50 milhões irá diretamente para o clube, ainda como associação. O valor total que será investido pelo americano é de R$ 400 milhões. Ou seja, os outros R$ 350 milhões vão para a SAF. Textor terá 90% da nova empresa.

Além disso, o empresário também terá participação nas dívidas do clube. Os passivos cível e trabalhista continuarão a ser pagos por meio do Regime Centralizado de Execuções, respectivamente com 20% das receitas e 50% dos dividendos, juros sobre capital próprio ou outra remuneração na condição de acionista.

Tudo isso será votado por conselheiros e sócios em geral do Botafogo na próxima semana. No dia 13 acontece a reunião do Conselho Deliberativo. No dia 14, a Assembleia Geral que abrirá de vez o caminho para a chegada do investidor. Textor tem desembarque previsto no Rio de Janeiro nesta sexta-feira para tratar dos últimos detalhes.

Quem é John Textor

O americano John Textor é um empresário com negócios ligados à mídia. Foi executivo da Digital Domain, empresa de efeitos especiais que trabalhou em diversos filmes. Ele comprou sua participação no Crystal Palace em agosto de 2021 por 103 milhões de euros. Ele negocia para adquirir o RWD Molenbeek, da segunda divisão belga, e tentou sem sucesso comprar 25% do Benfica.

O empresário começou sua carreira como programador. Depois da Digital Domain, ele fundou e foi executivo principal da fuboTV, empresa de streaming baseada nos EUA com foco em distribuição esportiva e entretenimento em geral. O IPO (lançamento de ações) da fuboTV na Bolsa de Nova York gerou uma avaliação de US$ 8 bilhões (cerca de R$ 45 bilhões) em outubro de 2020.

A revista Forbes classificou Textor em 2016 como "guru da realidade virtual de Hollywood". Ele é conhecido por defender o casamento da mídia com tecnologia. Segundo o empresário, um de seus principais objetivos é diversificar receitas nos clubes.

Fonte: ge

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