Sorrisos, lágrimas, histórias contadas, muitas emoções e jogos festivos. Assim foi a festa dos campeões do Aimoré na manhã do domingo, dia 11, no estádio Nossa Senhora da Paz, o 'Tabuleiro da Chapada'. Ainda bem cedo, a Associação dos Cinquentões Lafaietenses (ACL) se apresentou com quatro equipes em dois jogos. A seguir, foi realizada a entrega de diplomas aos homenageados, convidados e personagens da história alvinegra.
A festividade foi idealizada e coordenada pelo Valter Corrêa, Valtinho, o autor do gol do título de 1987, e teve o apoio da direção do Aimoré e alguns colaboradores. Mais que uma homenagem, os atletas em destaque passaram por uma verdadeira prova de vida. Além de receber a honraria, a maioria atuou na partida festiva entre os campeões aspirantes contra os vice-campeões amadores da temporada de 1987.
Os 'vovôs' campeões em 1956, José Domingos Moreira, Coréia e Pedro Carvalho viveram emoções especiais, e além de receberem o diploma, também representaram a geração dos campeões daquela temporada. Em agradecimento, Coréia entregou ao clube sua medalha da conquista daquele ano. O ex-delegado Pedro Carvalho, conhecido Pedro Lana, destacou que também participará de uma festa do América Mineiro, o clube que ele defendeu em 1957, após deixar o Aimoré.
"Estou muito emocionado. Eu queria fazer uma menção aos meus companheiros campeões, mas não imaginava que a festividade pudesse tornar-se tão vultuosa e ganhasse essa proporção. Estou muito feliz por ver meus companheiros juntos mais uma vez, ver o pessoal do time principal e a alegria de amigos alvinegros como o Coréia, o doutor Pedro, o Jairinho, os familiares dos atletas, enfim, todas aquelas pessoas que fazem a história do Aimoré", destacou Valtinho.
Manoel (dois) e Pezinho (um) marcaram os gols dos vice-campeões amadores e Valtinho fez o gol de honra dos campeões aspirantes, fechando o placar de 3 a 1.
Da redação
Organizar uma festa marcando uma época é um desafio dos mais difíceis, mas elas precisam acontecer - e outros clubes deveriam seguir este exemplo do Aimoré. Todos os clubes têm sua história, que merece ser lembrada. O Coréia venceu a dificuldade de não poder ficar de pé por muito tempo e fez questão de esperar todas as homenagens previstas no cerimonial para prestar a sua: entregar ao Aimoré a sua medalha de campeão em 1956. E este é o exemplo de que, quando se quer fazer, se faz. Alguém tem que tomar a iniciativa e cabe aos demais ajudar na organização. Quem não quiser ajudar, só de não atrapalhar já ajuda.
Até mesmo o extravagante e 'descolado' Jairinho Delegado, do alto de seus 87 anos, vez por outra foi tomado pela emoção que gerava 'o nó na fala' ao contar que até hoje participa das domingueiras da ACL. O goleiro Fancimar deixou o Espírito Santo para participar da festa e, em especial, 'orientar seu time em campo'. Um goleiro falante. A família do Tadeu, que faleceu nove dias antes, também deu grande importância à homenagem. Ele era um dos mais empolgados com a lembrança. O Jésus, que não se cansava de mostrar a faixa de campeão aos amigos em Belo Horizonte, também veio.
A emoção tomou conta do craque Zé Hermógenes, idolatrado como um dos maiores da história do Aimoré. O Roscado impulsionou muito a festa e a família recebeu a homenagem póstuma. Ao ser entrevistado pela Rádio Cidade 98 FM, o presidente 'Sô Dé' destacou 'a grande festa que ele fez para nós' em reconhecimento ao trabalho do Valtinho. "Parabéns, Valtinho. Parabenizo os homenageados e os familiares que entenderam a ideia, à diretoria do Aimoré e todos que colaboraram".
Como não foi possível contabilizar toda a venda dos bilhetes da rifa no dia 11, de acordo com o organizador, o sorteio das duas camisas personalizadas do evento será feito neste domingo, dia 18, na manhã da ACL, no Almeidas. O maior número de bilhetes foi adquirido pelo cinquentões e pelo menos uma centena deles estará presente para testemunhar o sorteio. (Amauri Machado)
FONTE: JORNAL CORREIO DA CIDADE
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