Palmeiras, Internacional e Grêmio lideram número de sócios-torcedores ativos no Brasil

Programas de sócios impulsionam receita e fidelização dos clubes brasileiros

Em um momento em que o Bayern de Munique ultrapassou o Benfica e se tornou o clube com mais sócios no mundo, marca também um momento para os clubes brasileiros que também vivem um cenário de forte engajamento das torcidas com seus times. Palmeiras, Internacional e Grêmio lideram o ranking nacional de sócios-torcedores ativos, com 181 mil, 146 mil e 101.668 associados, respectivamente.

Nelson Pires, vice-presidente de marketing do Internacional, que ocupa o segundo lugar na lista, reforça o papel estratégico do programa de sócios para o clube. 

“A torcida reconhece que a força do Internacional está diretamente ligada ao envolvimento do seu quadro social. O nosso maior patrimônio são os associados: quanto mais torcedores participam, maiores são as receitas, o que possibilita investir e manter o clube como referência. Além disso, a quantidade expressiva de sócios atua diretamente na expansão da marca do Inter por todo o país, reforçando a grandeza da instituição por todo o território nacional. Por isso, seguimos comprometidos em valorizar e ampliar os benefícios para quem faz parte da família colorada, oferecendo desde experiências únicas no Beira-Rio em dias de jogo e oportunidades de interação com jogadores, até descontos e vantagens em diversos parceiros comerciais”, ressalta Pires.

O Internacional vem reforçando esse laço por meio de ações que aproximam ainda mais o torcedor do Beira-Rio. Nas últimas partidas, o clube promoveu iniciativas especiais para sócios, como gratuidade nos ingressos para os titulares dos planos e acompanhantes nos jogos em casa. Além disso, o clube oferece planos a partir de R$30 por mês, com benefícios, descontos e acúmulo de pontos que podem ser trocados por experiências.

No topo da lista, o Palmeiras mantém seu programa Avanti como referência no país. Os associados têm acesso a descontos de até 100% em ingressos, experiências exclusivas com o elenco, prioridade em jogos decisivos e acúmulo de pontos convertidos em produtos e vantagens. Já o Grêmio, com mais de 100 mil sócios, segue com um modelo que combina benefícios financeiros, (como descontos em ingressos e lojas oficiais), com ações de pertencimento, incluindo campanhas de reconhecimento a torcedores fiéis e eventos com ídolos.

Para Luiz Guilherme, diretor de clubes da End to End, empresa responsável pela gestão e operação dos programas de sócios de Palmeiras, Grêmio e Atlético-MG, o segredo está em manter o torcedor continuamente engajado.

“A sustentabilidade de um programa não está só na entrada de novos sócios, mas principalmente na capacidade de manter os atuais. E isso só acontece quando o torcedor sente que recebe algo de valor. Quando essa percepção falha, o cancelamento é quase certo. Por outro lado, quando o clube consegue entregar valor contínuo e significativo, o programa se torna parte integrante da rotina e da identidade do torcedor.”

O avanço dos programas de sócios no Brasil reflete um movimento global de valorização da experiência do torcedor.