Recorde de registros na CBF reflete o aumento de aspirantes aos gramados e reforça a importância de uma gestão estruturada
Imagem Ilustrativa

O futebol brasileiro nunca esteve tão movimentado. Em julho de 2024, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) registrou um recorde histórico: 2.134 novos nomes no Boletim Informativo Diário (BID) em um único dia — um aumento de 32% em relação ao recorde anterior.
O dado reforça um fenômeno que se espalha por todo o país: o crescimento do número de jovens que sonham em transformar o talento com a bola em carreira profissional. De acordo com uma pesquisa do Bolavip Brasil, realizada em parceria com a instituição Research Without Barriers, 47% dos entrevistados acreditam que poderiam ser jogadores profissionais de primeira linha. O levantamento mostra o quanto o futebol segue como símbolo de ascensão social e realização pessoal.
No entanto, para a maioria, o caminho entre o sonho e a realidade ainda é cheio de armadilhas — e é nesse ponto que entra a importância de uma gestão de carreira estruturada desde as categorias de base. Segundo Edvaldo Lima, CEO da 360° Football Business, empresa que atua oferecendo assessoria técnica, jurídica e psicológica para jovens talentos e suas famílias, o aumento no número de registros no BID reflete um misto de avanços e desafios.
“Há, sim, uma maior profissionalização dos clubes e das categorias de base, com mais controle e formalização. Mas também há um volume crescente de jovens tentando a sorte, muitas vezes sem estrutura ou orientação adequada”, explica. “O futebol segue sendo um dos maiores sonhos nacionais, mas transformar esse sonho em projeto exige preparo, gestão e acompanhamento especializado.”
Para Lima, a diferença entre “jogar bola” e “fazer carreira no futebol” está na forma como o atleta encara a própria trajetória. “Hoje, o jogador precisa pensar como profissional desde cedo. Isso envolve não apenas o desempenho em campo, mas também gestão de imagem, disciplina, preparo mental e escolhas estratégicas sobre onde e como jogar”, destaca.
Segundo Lima, a gestão de carreira começa ainda na base. Com boa orientação, o atleta aprende a lidar com contratos, redes sociais, saúde emocional e planejamento financeiro. Isso evita decisões precipitadas e aumenta as chances de uma trajetória sólida e duradoura. Entre os erros mais comuns estão a assinatura de contratos sem leitura jurídica adequada, trocas impulsivas de clube por promessas vazias, o abandono dos estudos e a exposição excessiva nas redes sociais.
“Muitos acabam perdendo direitos ou oportunidades por falta de informação. Por isso, é fundamental ter suporte de profissionais credenciados, confirmar se o intermediário é registrado na CBF ou na FIFA e nunca assinar nada sem assistência jurídica”, reforça.
Além do suporte legal, o acompanhamento psicológico tem se mostrado decisivo na formação dos atletas. “O psicólogo esportivo ajuda o jovem atleta a lidar com pressão, frustração e expectativas. Ele ensina o jogador a transformar erros em aprendizado e a manter equilíbrio emocional — algo essencial em um ambiente tão competitivo”, completa.
PLANEJAMENTO E EQUILÍBRIO: O CAMINHO PARA O SUCESSO
Edvaldo Lima resume em uma frase o que transforma o sonho de ser jogador em um projeto de vida real: “Planeje como carreira, não apenas como sonho.” Segundo ele, o atleta precisa traçar metas, cuidar da formação dentro e fora de campo, buscar apoio confiável e manter um plano B. “O futebol pode mudar vidas, mas exige preparo, disciplina e visão de longo prazo. Com estrutura, orientação e gestão, o talento se transforma em carreira, e o sonho, em legado”, conclui.
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FONTE: JORNAL CORREIO DE MINAS
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