“O Patrocínio que Ninguém Viu” usou uma mancha quase invisível no uniforme para conscientizar sobre o câncer de pele mais agressivo
A campanha “O Patrocínio que Ninguém Viu”, desenvolvida para o Botafogo em parceria com o Instituto Melanoma Brasil, acaba de conquistar ouro no Lisbon Ads Awards. A ação, criada pelas agências End to End e Área 23, utilizou o futebol como ferramenta de conscientização sobre o melanoma, tipo mais agressivo de câncer de pele.
Durante 12 jogos da temporada, em diferentes competições, o Botafogo entrou em campo com uma pequena mancha na parte de trás da camisa, próxima ao número dos jogadores. O detalhe, propositalmente discreto, não foi percebido por torcedores, jornalistas, transmissões ou até pelos próprios atletas — uma analogia direta ao comportamento silencioso e muitas vezes imperceptível do melanoma.
“Nosso objetivo principal nessa parceria foi chamar a atenção para uma doença que, muitas vezes, passa despercebida. A gente conseguiu fazer uma conexão simples e poderosa entre uma manchinha na camisa e um câncer tão agressivo. O esporte se mostrou uma plataforma de conscientização muito eficiente”, afirmou Pedro Souto, diretor de Marketing do Botafogo.
O alerta só foi revelado ao final da sequência de jogos, quando o clube lançou nas redes sociais a hashtag #SeLigaNasCostas. “12 jogos com essa mancha na camisa do Fogão e você não viu. O melanoma também se esconde. Faça um check-up de pele”, publicou o Botafogo ao revelar a campanha.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o melanoma representa cerca de 4% dos casos de câncer de pele no país, mas é responsável por aproximadamente 75% das mortes por esse tipo de tumor. Entre 2023 e 2025, são estimados quase 9 mil novos casos anuais no Brasil. Quando diagnosticado precocemente, as chances de cura ultrapassam 90%, mas caem pela metade em estágios avançados.
Para as agências envolvidas, o prêmio reforça o impacto social da criatividade. “Essa ação mostra o poder do esporte como ferramenta de transformação. Falar sobre saúde dentro do ambiente do futebol amplia o alcance da mensagem e gera identificação real com o público”, destacou Bruno Brum, CMO da End to End.
Reginaldo Diniz, CEO da agência, também celebrou: “Nosso propósito é conectar o torcedor à paixão, mas também às causas que importam. Estar entre os grandes do mundo da publicidade com uma campanha que salva vidas mostra que estamos no caminho certo.”
Com reconhecimento internacional, a iniciativa reforça o papel do esporte como veículo de causa social — onde um detalhe invisível pode revelar uma mensagem urgente.
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