De acordo com Ricardo Santos, fundador da Fulltrader Sports, comparar apostas esportivas com atividades recreativas é equivocado e perigoso
As apostas esportivas têm ganhado cada vez mais espaço no Brasil, tornando-se uma indústria robusta e estruturada. No entanto, há um equívoco comum que precisa ser corrigido: a ideia de que as apostas esportivas são meramente recreativas.
O governo, ao criar a lei das apostas esportivas e suas portarias, determinou que essa atividade deveria ser vista como uma forma de recreação, não como uma fonte de renda ou uma profissão. Na ocasião, o Presidente Lula fez uma declaração onde comparou o jogo online a cassinos e jogos de azar tradicionais, afirmando que “No jogo eletrônico, agora podem jogar crianças de 5 anos de idade até pessoas de 90 anos. Não tem limite. A ordem é jogar”.
De acordo com Ricardo Santos, cientista de dados especialista em análise estatística para apostas esportivas em Futebol e fundador da Fulltrader Sports, empresa líder da América Latina em Softwares Saas para Público Final de Trade Esportivo, essa visão é equivocada e perigosa. “É como dizer que é seguro manusear álcool e isqueiro, desde que seja apenas uma brincadeira. Todos sabemos que álcool e isqueiro, embora úteis, são perigosos e devem ser manuseados com responsabilidade. Da mesma forma, apostar de maneira irresponsável pode levar a sérios prejuízos financeiros e emocionais”, relata.
Para o especialista, muitos brasileiros não enxergam as apostas esportivas como uma brincadeira. “Profissionais do setor dedicam horas ao estudo de estatísticas, análise de desempenho e desenvolvimento de estratégias eficazes. Tratar as apostas como um passatempo trivial desconsidera o esforço e a dedicação desses profissionais”, afirma.
Ricardo alerta que as apostas esportivas envolvem riscos, assim como qualquer atividade que lida com dinheiro. “No entanto, com conhecimento, disciplina e gestão adequada, esses riscos podem ser controlados. Profissionais do setor se preparam mental e tecnicamente todos os dias para enfrentar esses desafios”, pontua.
A necessidade de uma abordagem equilibrada
O analista acredita que o governo deve adotar uma abordagem mais equilibrada e informada em relação às apostas esportivas. “Reconhecer as oportunidades econômicas que esse mercado oferece é fundamental, mas também é crucial promover o jogo responsável. Profissionais que estão devidamente preparados maximizam os benefícios e minimizam os riscos. A ideia de que as apostas são apenas recreativas ignora a complexidade e o potencial dessa indústria”, declara.
O fundador da Fulltrader Sports ressalta que as apostas esportivas não são uma brincadeira. “É uma área que exige conhecimento, responsabilidade e uma abordagem profissional. Tratar essa atividade com a seriedade que merece é crucial para proteger os consumidores e aproveitar ao máximo as oportunidades que ela oferece. Principalmente após as regulamentações implementadas pelo governo”, finaliza.
*Ricardo Santos é cientista de dados especialista em análise estatística para apostas esportivas em Futebol e fundador da Fulltrader Sports, empresa líder da América Latina em Softwares Saas para Público Final de Trade Esportivo. Também atua como trader em Probabilidades de Futebol há 12 anos.
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