sábado, 11 de novembro de 2023

Setor de games e eSports deve despertar atenção da CVM, avalia advogado

Comissão de Valores Mobiliários busca dialogar com setores do mercado de capitais; perspectiva é que gamers brasileiros gastem perto de 3,5 bilhões de dólares até 2025

A Comissão de Valores Mobiliários vem se movimentando nos últimos meses para reforçar o diálogo com setores que acredita que serão vitais para um crescimento sustentável do mercado de capitais. Atualmente, a CVM está fortalecendo seu trabalho em quatro frentes: sociedades anônimas de futebol (SAF), finanças sustentáveis, agronegócio e criptoativos.

Para Carlos Akira Sato, sócio do escritório Jantalia Advogados e especialista em Mercado de Capitais, Mercado Financeiro, Finanças Web 3, fintechs e special situations, a iniciativa é bem-vinda. "A CVM deve acompanhar as iniciativas inovadoras para, em conjunto com os players, construir um ambiente normativo que, simultaneamente, estimule os negócios e proteja investidores", diz.

Um setor bastante dinâmico, mas que para alguns ainda segue fora do radar da CVM, é o de games e eSports. Segundo a consultoria Newzoo (2023), o Brasil é o décimo maior mercado de games do mundo, com mais de 100 milhões de jogadores que gastaram 2,7 bilhões de dólares em 2022. A perspectiva é que os jogadores brasileiros gastem perto de 3,5 bilhões de dólares até 2025. O Brasil movimenta 13 bilhões de reais e fatura 1,2 bilhão de reais por ano nesse mercado cada vez mais pujante.

"É o próximo segmento a entrar em valores mobiliários. Trata-se de uma comunidade que já está familiarizada com tokens em seus mais variados formatos. A geração que está no setor de games e esports é nativamente tokenizada. Já compreende a tecnologia blockchain e utiliza tokens no dia a dia com total confiança na segurança e benefícios da tecnologia blockchain", opina Akira.

O advogado também pontua que o órgão tem adotado uma postura pró-mercado, o que coloca o Brasil numa espécie de vanguarda da economia tokenizada. Akira aponta que o trabalho da CVM vem estimulando a inovação. "A economia tokenizada aumenta a eficiência dos mercados, reduz custos, traz mais segurança e favorece a criação de novos negócios, além de democratizar o acesso a crédito e investimentos", argumenta.

Fonte: Carlos Akira Sato, sócio do escritório Jantalia Advogados e especialista em Mercado de Capitais, Mercado Financeiro, Finanças Web 3, fintechs e special situations.

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