quinta-feira, 16 de junho de 2022

#tbt Liberado, Maracanãzinho ainda não tem data de reabertura

 Alvo da briga entre o governo do estado do Rio, Comitê Organizador Rio-2016 e a Maracanã S.A., o Maracanãzinho — que há pouco mais de um ano nem luz tinha — está pronto para ser aberto ao público. O ginásio, que tinha sua exploração comercial como parte do contrato original de concessão, estava subutilizado desde 2010 e fechado desde as Olimpíadas do Rio. Ele recebeu um tapa no visual e agora tem laudo dos bombeiros para receber 11.800 pessoas. A quadra de aquecimento, um problema antigo no teto (agora resolvido) e o ar-condicionado ficaram como legados do Jogos. O custo foi de R$ 9 milhões, pagos por patrocinadores.


Mas, apesar da autorização, ainda não há uma agenda e nem um modelo de gestão. A Odebrecht espera conversar com a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e de com Botafogo, Flamengo e Vasco para que os clubes mandem seus jogos de basquete no ginásio.

— Ainda não temos um modelo. Queremos achar algo que seja equilibrado para todos os lados. Mas é uma casa aberta ao diálogo e à negociação. Queremos que alguém, ou mais de um, chame o Maracanãzinho de casa — diz Mauro Darzé, presidente da Maracanã S.A.

‘Um templo', diz Póvoa

Os clubes ainda não foram comunicados da notícia. No entanto, nunca esconderam a vontade de voltar a jogar no ginásio, que é grande e central.

— O nosso basquete encontrou sua casa nesse NBB na Arena Carioca. No entanto, estamos com alguns problemas de datas para os playoffs e, se necessário, o Maracanãzinho, de acordo com as condições oferecidas, poderia ser uma opção. Espero que o custo seja compatível para o uso. Independente disso, o renascimento do Maracanãzinho seria mais um símbolo da reconstrução necessária para a nossa cidade. Para o basquete, principalmente, é um templo — disse Alexandre Póvoa, vice-presidente de esportes olímpicos do Flamengo.

Ontem, O GLOBO teve acesso livre ao ginásio e pôde constatar que está em bom estado. Mas não é, nem de perto, a reforma prometida pelo edital de licitação do Complexo Maracanã, que previa, além de uma quadra de aquecimento, toda a modernização do ginásio e trocas de fiação e encanamento. O plano, agora é mais modesto: achar parceiros para tentar trocar o antigo telão. As ligas e a CBV normalmente instalam seus telões e pisos para os eventos específicos.

Abandono em 2017

De 2010 pra cá, o Maracanãzinho foi pouco utilizado. Com a obra do Maracanã ele chegou a ficar fechado por um período. E, até 2015, recebeu poucos eventos e nenhum show. Meses antes dos Jogos, ele sediou a fase final da Liga Mundial de Vôlei, já como evento-teste para a competição olímpica. Depois das Olimpíadas, fechou de vez. Em janeiro de 2017, O GLOBO esteve lá e constatou que, assim como o Maracanã, o ginásio estava abandonado. O quadro de luz e parte de uma tubulação tinham pegado fogo, e a energia não tinha sido religada. O seguro do comitê pagou o novo quadro de luz. O estádio foi repintado e teve pequenos danos reparados.

O antigo edital deixou de valer quando o ex-governador Sérgio Cabral, por causa das manifestações de 2013, decidiu não derrubar, transferir e construir em outro lugar o Parque Aquático Júlio de Lamare, o Centro de Atletismo Célio de Barros e a escola estadual Arthur Friedenreich. Os espaço dariam lugar a dois estacionamentos com lojas que trariam uma receita de cerca de R$ 19 milhões por ano. Desde então, a concessionária tenta deixar a administração do Complexo e está obrigada, por liminar, a manter os contrato e manutenção do Maracanã.

Sem a perspectiva de conseguir deixar o complexo, que hoje envolve Maracanã e Maracanãzinho, a Odebrecht decidiu reabri-lo.



Fonte: O Globo Online

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