quinta-feira, 22 de julho de 2021

Deputada Gleisi Hoffmann queria 5% do valor obtido com a Lei do Mandante para torcidas organizadas; proposta foi negada

 Enquanto a Lei do Mandante avançou na Câmara dos Deputados, com a discussão seguindo agora para o Senado Federal, a deputada federal Gleisi Hoffmannn (PT-PR) propôs uma emenda para destinar parte do dinheiro adquirido pelos clubes com a Lei do Mandante para ser direcionado às torcidas organizadas dos respectivos clubes. A emenda não passou no texto final.


A proposta de emenda já chegou cercada de polêmica e não foi bem aceita nas redes sociais. Ao justificar a sua posição, a deputada chega a citar "o fenômeno da OLA" e as músicas de cultura brasileira entoadas nas arquibancadas brasileiras desde as décadas de 60 e 70.

O objetivo era o destinar 5% do valor arrecadado pelo clube através da Lei do Mandante para ser dividido entre os atletas e as torcidas organizadas.

Confira abaixo a carta de justificativa

As torcidas organizadas e uniformizadas são instituições consolidadas no futebol desde os anos 60, período áureo do futebol brasileiro dentro e fora dos gramados. Período que serviu como preparativo para a Copa de 70, quando nos consagramos campeões mundiais. O Brasil se tornou referência na forma de torcer, de fazer festas nas arquibancadas, a ponto de modificar a forma de torcer e curtir futebol nos quatro cantos do planeta. Exemplo disso foi o fenômeno da "OLA", movimento que lembra uma onda em formação em plena arquibancada, sem falar dos papéis picados, fumaças, apitos e batucadas, apresentando em forma de músicas e cantos da cultura brasileira. Tendo em torno de mais de 3 milhões de associados e colaboradores, as torcidas organizadas e uniformizadas se tornaram um fenômeno social relevante dentro e fora das arquibancadas. Dentro, por contas das festas que mesmas executavam no período áureo. Fora, por conta dos diversos projetos e ações sociais que as mesmas executam nas suas sedes e nas comunidades na qual estão inseridas, por terem contribuído com a força do futebol brasileiro no processo fortalecimento da nossa cultura e disseminação da alegria do povo brasileiro, terem tido um papel extremamente relevantes das torcidas organizadas e uniformizadas do Brasil, transmitido à exaustão pelos meios de comunicações, inclusive para apresentar os campeonatos nacionais, estaduais e internacionais nas quais as equipes de futebol do nosso país estiver participando. Por terem essa grande contribuição para o futebol, seus respectivos clubes e as comunidades nas quais estão inseridas, as torcidas organizadas têm total direito de participação na divisão da verba de direito de arena distribuído pelo clube mandante. Hoje, esse benefício está a serviço dos jogadores que fazem parte da partida, mas se faz necessário inserir as Torcidas Organizadas e Uniformizadas nessa divisão, pelos fatores apresentados acima. Os trabalhos que essas instituições exercem em prol da sociedade, sobretudo a população mais carente, merece melhor estruturação, que poderá vir com o auxilia e a participação das mesmas nessa divisão. Tal questão contribuirá com a função social que o futebol deve exercer na nossa sociedade, servindo, inclusive, de exemplo para o mundo.

Sala das Sessões, 14 de julho de 2021.


Através de suas redes sociais, Gleisi Hoffmann também reiterou a defesa de sua emenda: "As torcidas organizadas precisam ter direito à participação na divisão da verba dos jogos. Fazem a festa nas nossas arenas e desenvolvem muitas ações sociais junto aos participantes", escreveu.



Fonte: Goal.com

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