domingo, 23 de agosto de 2020

Dinheiro do programa de sócios foi usado para pagamento do acordo com jogadores

Sucesso no engajamento do torcedor, o programa de sócios do Vasco tem sido a principal fonte de renda do clube durante a pandemia do novo coronavírus e a consequente paralisação das competições. Tanto que parte do dinheiro arrecadado foi usado para pagar a segunda parcela do acordo celebrado com os jogadores para regularização de salários e direitos de imagem em atraso.

A situação, mesmo assim, ainda é delicada, um reflexo da dificuldade financeira vivida em São Januário. Se honrou a segunda parcela, o clube não pagou o salário de junho dos atletas (nem todos recebem direitos de imagem). E os funcionários, que não foram contemplados nessa combinação, estão perto de completar quatro meses sem receber.

Em dezembro de 2019, no auge da associação em massa, o Vasco chegou a 185 mil sócios. A arrecadação mensal bateu na casa dos R$ 4 milhões. Após o período de mensalidade com preço promocional vencer, a mobilização foi pela renovação. Desde maio, em mais uma demonstração de força da torcida, o clube somou 101,5 mil renovações. A renda, porém, caiu para aproximadamente R$ 3 milhões por mês.

Há uma diferença na comparação com o ano passado. Se antes o Vasco conseguiu antecipar todo o dinheiro, agora recebe mensalmente, o que dificulta o cumprimento das obrigações.

- A gente teve uma renovação espetacular, até acima do que a gente tinha revisto no orçamento. Isso gerou em torno de R$ 3 milhões por mês. Só que, após a pandemia, as operações mudaram de perfil. No ano passado, a gente conseguiu antecipar esse dinheiro todo e, então, conseguimos fazer uma operação de pagamento de dívida em dezembro. Foi um mês muito difícil, mas com a adesão do torcedor antecipamos recursos e pagamos dívida com a PGN, o Profut inclusive. Só que dessa vez, após a pandemia, as empresas que adiantavam reduziram o caixa. Estamos com dificuldade de antecipar esse dinheiro. Então, pegamos ele mensalmente. Uma parte é para pagar dívida outra é para cumprir acordos para evitar que a dívida aumente. Na semana passada, pagamos a segunda parcela do acordo com os jogadores com o dinheiro do sócio. Não fosse o sócio, não teríamos pago - explicou Carlos Leão, vice de finanças, em entrevista ao canal "Atenção Vascaínos".

Em São Januário, há um acordo para a remuneração ser quitada no dia 20 do mês subsequente. A legislação trabalhista, porém, determina que ela seja feita até o quinto dia útil de casa mês.

A dívida salarial do Vasco

- Jogadores: junho (CLT e direitos de imagem) está em aberto. Abril, maio e os direitos de imagem do ano passado estão no acordo de parcelamento em 12 vezes (maio e junho foram pagos em dia).
- Funcionários: abril, maio e junho.



Fonte: ge

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