domingo, 11 de março de 2018

Em entrevista exclusiva, presidente da CBB fala de dívidas e de seleção

Guy Peixoto diz que apoia Marcel, ex-jogador da seleção de ouro em Indianápolis/87, na eleição para uma das vice-presidências do COB


Guy Peixoto
Guy PeixotoCBB

Paraense de Belém, nascido em 13 de Março de 1961, Guy Rodrigues Peixoto Junior começou a adorar o Basquete na sua infância mais tenra, tanto que, aos 11 de idade, já batia a sua bola na base do Clube do Remo. Um campeão em todas as categorias, mesmo ainda moleque atuava com os adultos, se transformou no melhor atleta da Região Norte e, em 1982 se transferiu a São Paulo, ao Monte Líbano então orientado por Amaury Pasos, que semeava um elenco diversas vezes campeão. Desafortunadamente, uma lesão de joelho lhe tirou a chance de defender a seleção do Brasil nos Jogos Olímpicos de Los Angeles/84.

Sempre com a camiseta de número 7, que o Remo, em sua homenagem, aposentou, ainda bateu bola até 1991 Logo depois, na sua cidade, criou o Grupo Horizonte de Transportes, fundamental na distribuição de mercadorias na complexa Amazônia. Hoje, com 2.000 funcionários o Horizonte se estende por todo o Brasil. A paixão pelo Basquete o motivou, em 2016, a encetar uma campanha pela presidência da degringolada CBB, a Confederação Brasileira de Basquetebol. No dia 10 de Março de 2017 obteve 17 votos contra 9 e uma abstenção, e assumiu um dos encargos mais complexos do esporte no País. Ainda em excelente forma física, 1m92 e 90kg, um voluntário em constraste com um exército de cartolas remunerados em diversas outras modalidade, concedeu ao R7 esta entrevista exclusiva.



Guy Peixoto recebe homenagem em Belém
Guy Peixoto recebe homenagem em BelémDivulgação
R7 – Como foi a sua semana inaugural dentro da CBB? Ao primeiro exame, que havia de ruim até péssimo? E, por acaso, você encontrou algo de positivo?
Guy Peixoto – 
Foi um período muito difícil. Até tomar pé da situação, conhecer as pessoas que lá trabalhavam, conhecer a real situação financeira e dos processos internos, do relacionamento com as  entidades esportivas nacionais e internacionais, com patrocinadores e ex-patrocinadores, levamos quase um mês, mais que uma semana, para conseguir ter um balanço inicial. Isso, em situação lastimável, de penúria total e, ainda por cima, suspenso pela FIBA de competições internacionais. A única coisa positiva que encontramos foi a capacidade profissional de parte do grupo que lá estava. Gente dedicada, conhecedora de suas atividades, apesar de estarem sem salários por um período de três meses.
R7 – Quanto tempo demorou até que você montasse a sua própria equipe? Quantos funcionários encontrou por lá? Quantos eram supérfluos ou dispensáveis?
GP – Após três ou quatro meses, conseguimos montar uma equipe muito competente e dedicada, com gente especializada em gestão esportiva e financeira. Esse grupo de excelência veio trabalhar na CBB sem receber um centavo, acreditando em nosso projeto de recuperação do Basquetebol brasileiro. Sobre o número de funcionários, ao final do primeiro mês tivemos que dispensar 50% dos colaboradores. Era impossível manter a estrutura existente sem nenhum recurso para honrar as obrigações.
R7 – Qual era, precisamente, o tamanho do buraco? E quais foram as suas providências de emergência para cobri-lo? Antigos patrocinadores colaboraram? Ou, abandonaram o barco e você precisou substituí-los?
GP – 
Antes de mais nada, cumprimos uma promessa de campanha, contratando uma das cinco maiores empresas internacionais de auditoria, a BDO, para fazer um trabalho de investigação sobre os últimos oito anos da confederação. Os resultados foram apresentados e ficou muito claro que os números demonstrados pela gestão anterior não refletiam, nem próximo, a realidade financeira da entidade. As dívidas são mais de três vezes o que foi mostrado no balanço. Este relatório vai ser apresentado à Assembleia Geral da CBB, ainda neste trimestre, para que sejam tomadas as medidas adequadas em relação aos antigos gestores e às entidades envolvidas. Infelizmente não tivemos apoio de nenhum antigo patrocinador, pois os principais haviam deixado a CBB e não desejavam nenhum relacionamento de curto prazo por tudo que a administração anterior fez. Estamos em uma jornada intensa para tentar trazer novos patrocinadores e poder realizar a programação esportiva, que é a nossa grande missão.

O CT de Concórdia, em Campinas
O CT de Concórdia, em CampinasCBB
R7 – Depressa você adotou duas medidas excelentes, de efeito técnico mas também de marketing: o acordo para a instalação do CT do Basquete em Campinas e o belíssimo ônibus com as poltronas com nomes de campeões. Descreva, com o máximo de detalhes, como surgiram essas idéias e de que forma conseguiu viabilizá-las.
GP – O CT sempre foi um sonho nosso e algo mandatório para a retomada do desenvolvimento do esporte no país. Vai servir principalmente para podermos trabalhar as seleções de base e o desenvolvimento das novas gerações de Basquetebolistas. Como trouxemos gente experiente e com muito conhecimento e relacionamento por todo o país, não demorou muito tempo para identificarmos oportunidades muito boas para iniciar este trabalho. Sobre o ônibus, isto veio do primeiro patrocinador trazido para a CBB nesta gestão - a Mercedes Benz. A idéia de homenagear nosso ídolos foi de nosso grupo de Marketing, que se mostra extremamente inovador em todas as ações que estamos desenvolvendo.

O novo onibus da CBB
O novo onibus da CBBCBB
R7 – Como se resolveu a triste pendenga com a FIBA? O assunto está encerrado ou ainda há etapas a cumprir?
GP – A situação que encontramos era bastante triste. Muita gente comentou que a dívida com a FIBA seria a principal causa da suspensão. Mas, isso não é verdade. As principais causas foram o não cumprimento de organizar e de participar de competições internacionais, além da calamitosa situação financeira que era de conhecimento de todos no País e lá fora. Ou, a falta de processos internos para a real administração do Basquete brasileiro. A contratação da BDO, hoje uma também patrocinadora que vai se responsabilizar pela gestão da nova governança corporativa e pelo atendimento às normas, a compliance que se exige das entidades desportivas nos dias de hoje, mais a percepção de que a nova equipe gestora tinha a capacidade de mudar o quadro existente nos três campos que preocupavam a FIBA, financeiro, esportivo e de governança, permitiu que pudéssemos voltar a disputar os torneios internacionais. O trabalho com a entidade internacional foi muito importante para que conseguíssemos, já neste primeiro ano, avançar em múltiplos pontos que deixavan muito a desejar. E continuamos a ter o apoio da FIBA, como qualquer outra confederação nacional, para dar seguimento ao trabalho de recuperação de nosso esporte no país.
R7 – No plano técnico, a sua experiência inicial, na Copa América, classificatória para o Pan, foi um triste fracasso. Culpa de quem? Do novo treinador, da atual geração de atletas, dos astros da NBA que não toparam a convocação? Como define essa experiência ruim?
GP - 
Esta pergunta é muito boa para esclarecer muitos pontos que acabaram sendo noticiados e que não condizem com a realidade. Os resultados na Copa América foram ruins e isso é inquestionável. Mas, convenhamos, temos que analisá-los de formas bem distintas.
Hortência e Paula com Fidel, em Havana/71
Hortência e Paula com Fidel, em Havana/71Divulgação COB
R7 – Comecemos pelo Feminino.
GP – No Feminino, não pudemos contar com nossas cinco melhores jogadoras. Duas, Damiris e Érika, não foram liberadas por suas equipes da WNBA. Duas estavam contundidas: Nádia, de mão operada, e Clarissa, que treinou até o último dia na tentativa de se recuperar e não conseguiu). E a nossa armadora titular, Tainá, quebrou a mão no último amistoso antes do embarque. Apesar disso, nós chegamos à disputa de uma vaga para o Mundial e perdemos por somente quatro pontos um jogo em que poderíamos ter ganho, apesar de todos esses desfalques.
R7 – E o Masculino?
GP – No Masculino, seguimos o plano de iniciar o processo de renovação da seleção. Nossos grandes craques estão na faixa superior dos trinta anos e muito em breve não defenderão mais nossa equipe. Portanto, a comissão técnica decidiu começar a testar os jovens valores para poder ver quem poderia se juntar aos mais experientes para as eliminatórias da Copa do Mundo.
R7 – O Pan, então, seria um torneio menor?
GP – Claro que não. Mas, uma coisa é importante esclarecer aqui. Os eventos considerados importantes pelo COB e pela FIBA são os Jogos Olímpicos e os Mundiais. O COB reduziu drasticamente os investimentos nos Pan-Americanos e nos Sul-Americanos, que já não são mais classificatórios. Não classificar a equipe para os Jogos Pan-americanos foi ruim? Sim, foi. Mas, essa competição, que um dia já foi classificatória para Mundiais ou Pré-Olímpicos, hoje não tem mais essa importância. Então, ficou decidido que a Copa América de 2017 e o Sul-Americano de 2018 serviriam de teste para as novas revelações. Você pode reparar que, já na primeira das janelas das eliminatórias para a próxima Copa do Mundo de 2019, a equipe foi uma mescla de jogadores experientes com os novos que se destacaram.
R7 – Existem várias janelas de classificação?
GP – Sim. E somente em duas janelas das eliminatórias (Junho/Julho e Agosto/Setembro) poderemos convocar os jogadores da NBA e da Euroliga. Isso vale para o mundo inteiro. Até agora, não houve negativa de nenhum de nossos jogadores dessas entidades em participar da Seleção. Antes, eles simplesmente não poderiam ser convocados. Quanto à Comissão Técnica, o novo treinador, Aleksandar Petrovic, reconhecido pela FIBA como um dos dez melhores técnicos da atualidade, começou um belíssimo trabalho, com duas vitórias, para classificar o Brasil ao Mundial da China. Esperamos que agora, em Fevereiro, na próxima janela, com dois jogos a serem realizados em Goiânia, Colômbia e Chile, obtenhamos outras duas vitórias que nos classifiquem antecipadamente para a fase seguinte das eliminatórias.

Guy, com os mágicos Amaury e Wlamir
Guy, com os mágicos Amaury e WlamirDivulgação CBB
R7 – Você me permita uma digressão. Na minha adolescência, o Basquete (que chamávamos de Bola ao Cesto) era tranquila e disparadamente o segundo Esporte do País. Época dos títulos mundiais de 59 e de 63, das medalhas olímpicas de 60 e de 64. Não havia patrocinadores, os atletas iam direto do trabalho às quadras, ganhavam meramente uma ajuda de custo. Mas as rádios transmitiam as partidas e os jornais cobriam os campeonatos, até certames municipais e estaduais. Qual a razão daquele sucesso? A geração de Amaury, Wlamir etcetera e tal?
GP – 
Sem dúvida nenhuma, quando você tem uma geração de atletas fora-de-série, há um engajamento muito maior do público, um interesse muito grande na mídia. Naquela época e até os meados dos anos 80, o Basquete ocupava no país a mesma posição de destaque que tem até hoje no cenário mundial: o segundo esporte do mundo. Foram seguidas gerações de muito sucesso, começando com Wlamir, Amaury, Rosa Branca, Edson Bispo, passando por Menon, Mosquito, Ubiratã, Helio Rubens, Marquinhos, Carioquinha, Adílson, Fausto, até a geração de Oscar e Marcel, da qual tive a honra de participar em determinado momento. A partir do instante em que acontece um declínio na produção de ídolos e você começa a ter problemas de gestão, você se enreda numa briga para a retomada da posição de destaque no País.
R7 – No Feminino, também?
GP – Sim. Se examinarmos o Basquete Feminino, após a geração medalhista de Norminha, Nilza, Maria Helena, Delcy, Jacy, Heleninha, Elzinha, Laís, Marlene, Odila, entre tantas outras, só tivemos uma retomada quando surgiu a geração das super-craques, Hortência, Paula, Janeth e com o auxílio luxuosíssimo de Marta, Alessandra, Adriana, Helen, Ruth, Joyce etc... Isso confirma a sua tese inicial de que é o craque que traz o público e gera o interesse da mídia. Os anos 1990 e 2000 foram de ouro para o nosso Basquete Feminino. E a retomada dessa posição é ainda muito, muito mais desafiadora e difícil do que no Masculino.
R7 – Cheguei a participar, com o Colégio Rio Branco, onde fiz os meus estudos do Primário até entrar na Faculdade, de torneios formidáveis. Por exemplo, a Copa Bambas do Basquete, bancada por uma marca de tênis, com mais de trezentas escolas inscritas. A fase final, com as oito melhores, foi transmitida, ao vivo, com ginásio repleto, pela Record. Será tão difícil, hoje em dia, mobilizar uma empresa que valorize o Basquete nas escolas?
GA – 
Na atual situação do país é muito difícil mobilizar patrocinadores para qualquer nível de desenvolvimento esportivo, seja ele de base ou adulto. Infelizmente a nossa realidade é que ainda precisamos e muito do suporte governamental para manter viva a chama do esporte. Sobre a mobilização escolar, uma das principais ações previstas em nosso plano de trabalho é o projeto “Embaixadores do Basquete”. Nesse projeto, ex-atletas farão o trabalho de unir as Secretarias Municipais e Estaduais de Educação e Esporte com as entidades estaduais e regionais desportivas, para garantir a participação do Basquete nos Jogos Municipais e Estaduais, engajar a meninada desde os 10, 11 anos até os 16, 17, massificar nossa base e gerar futuros ídolos.

Guy, nos tempos de Monte Líbano
Guy, nos tempos de Monte LíbanoArquivo GP
R7 – Em São Paulo, por exemplo, havia dezenas de clubes que mantinham categorias do Mirim ao Principal. Eu vi, por exemplo, o Ubiratan começar nos juvenis do Espéria (que se chamava Floresta) e o Menon começar nos juvenis do Palmeiras. Dois clubes disputavam dois, três, quatro jogos, das suas várias categorias, inclusive em quadras cobertas, numa mesma data, em seguida. E não se cobravam ingressos. Os atletas de cada uma das categorias, mais os seus familiares e os seus amigos, enchiam as arquibancadas. Mero saudosismo meu ou será possível se resgatar um pouco daquela tradição?
GP – 
Com certeza poderemos resgatar esse trabalho. Com a massificação que acabei de mencionar, vamos gerar os atletas que darão o passo adiante e começarão a jogar pelos clubes, em seus Estados, e farão renascer aqueles campeonatos com dezenas de clubes e atletas na base, tal como você e eu pudemos desfrutar no passado. Só para mostrar como isso é possível, em nosso primeiro ano de gestão, apesar de todos os problemas encontrados, conseguimos realizar junto com o Comitê Brasileiro de Clubes, dez campeonatos interclubes, de 12 a 21 anos, onde participaram mais de 1.300 meninos e meninas, adolescentes e jovens adultos.
R7 – E no caso das faculdades e das universidades, por quê a CBB não adota ma política capaz de estimular o Basquete nos cursos superiores?
GP – Essa é outra questão muito importante. Apesar de a responsabilidade ser da CBDU, um dos pontos que cobrimos em nosso programa de gestão é o de justamente permitir que, ao completarem 18 ou 19 anos, homens e mulheres possam ter condições de continuar praticando o esporte nas universidades por, ao menos quatro anos. Quantos valores em formação nós não perdemos por causa da falta de opções para os jovens que atingem essa idade e vêem o seu mercado se reduzir drasticamente. Muitos de nossos atuais craques apenas se desenvolveram após tal idade, o que nos faz refletir sobre a importância do programa que imaginamos. Já fazemos diversas tratativas junto às entidades do desporto universitário para avaliar, em curto prazo, uma retomada do esporte em seu meio, principalmente naquilo que se refere ao Basquete Feminino.
A Arena Concórdia, em Campinas
A Arena Concórdia, em CampinasDivulgação CBB
R7 – Grupos de Trabalho geralmente batem muito papo e não colocam nada em prática. Mas, que tal a criação de uma equipe específica, com gente do Ministério do Esporte, do COB, dos departamentos estaduais e municipais de Educação Física, para a organização de um calendário de torneios estudantis, universitários, clubísticos – e, digamos, de dois em dois anos, outros campeonatos com seleções municipais e estaduais? Por que não uma efetiva capilarização do Basquete em todo o País?
GP – 
Esse, de fato, é um ponto crucial. Nestes primeiros meses, tanto o Ministério como o COB têm nos ajudado a superar as imensas dificuldades que encontramos na CBB, causadas pela administração anterior. Mas isso ainda não é o suficiente para termos um melhor futuro. O que precisamos é que todos estss agentes de desenvolvimento do esporte trabalhem juntos, fazendo com que as suas atividades sejam parte integrante do quebra-cabeças que monta o cenário do esporte em nosso País. Por exemplo, você menciona os professores de Educação Física. Hoje é impossível que um professor recém-formado tenha a capacidade de ensinar Basquete em uma escola. O currículo das universidades oferece no máximo entre 40 e 80 horas-aula de Basquete em todo o curso. Ele só vai saber ensinar se por acaso foi atleta de Basquete em seu passado. Além de massa de atletas, temos que preparar também profissionais em todas as áreas ligadas ao esporte, tais como: técnica, preparação física, medicina do esporte, gestão, arbitragem, para que possamos desenvolver de uma forma bem organizada o crescimento do Basquete. E aí se encaixa a preocupação que você externou de termos um calendário que preencha todo o ano, em todas as faixas etárias, tanto para os homens como para as mulheres, permitindo, como você mesmo definiu, uma real capilarização do Basquete no País.
R7 – De volta ao COB. O Carlos Arthur Nuzman foi uma decepção? E qual a posição da CBB em relação à próxima Assembleia Geral da entidade?
GP – Alguém, como o Nuzman, que conseguiu realizar eventos de grande porte com a qualidade apresentada não pode ser considerado uma decepção. Sobre as situações em andamento, cabe à Justiça se pronunciar. A nossa posição já expressamos publicamente. Nós apoiamos a candidatura do grande ídolo Marcel (N. do R7.: Ponikwar de Souza, bronze no Mundial das Filipinas/78 e ouro no Pan de Indianápolis/87) a uma das vice-presidências. Além de ser um digno representante do Basquete, o Marcel também é formado em Gestão Estratégica do Esporte pela FGV.

Marcel, craque, treinador, gestor - e médico
Marcel, craque, treinador, gestor - e médicoArquivo MPS
R7 – E tudo, sempre, com absoluta transparência...
GP – Desde a nossa campanha levantamos a bandeira da transparência, tanto que a primeira providência foi, e às nossas próprias custas, pois a CBB não tinha como bancar a despesa, contratar a BDO para investigar os últimos oito anos. E continuamos nesse caminho, graças à implementação de inúmeras mudanças. As estruturais, com a alteração do nosso estatuto e a permissão para que atletas, técnicos e clubes participem da gestão de entidade maior. As de governança, com processos que respeitem as leis e os regulamentos. E enfim, evidentemente, na área do desenvolvimento técnico, nesse caso com um olhar especialíssimo para o Basquete Feminino.
R7 – E com quais medidas práticas?
GP – Além de trazermos as nossas grandes atletas, as ex e as atuais, para participarem da gestão, já começamos um programa de desenvolvimento a partir da instalação de um Painel do Basquete Feminino no Brasil, com a participação de todas as partes interessadas. Dessa maneira, poderemos entender melhor a situação e daí discutir as soluções para os problemas e estabelecer os planos indispensáveis ao cumprimento das metas estabelecidas. Acredito que esse será o grande pontapé inicial na retomada da modalidade que já nos deu tantas alegrias e nos levou a um patamar de destaque do qual nós nunca deveríamos ter saído.
FONTE: R7.COM


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