terça-feira, 12 de maio de 2009

Sérgio Cabral deixa festa de lado e dá puxão de orelha nos clubes cariocas


Em evento para celebrar tricampeonato do Flamengo, governador pede profissionalização do futebol e defende a Lei Pelé

Cahê Mota
Rio de Janeiro

Governador posa para foto com o Fla


O evento era comemorativo, mas o Flamengo acabou recebendo um puxão de orelhas do governador Sérgio Cabral. Em seu discurso na festa para celebrar o tricampeonato carioca do Rubro-Negro, nesta segunda-feira, no Palácio da Guanabara, o político criticou a forma como os clubes de futebol são administrados no Brasil e causou certo constrangimento aos dirigentes presentes.


- Tenho discutido futebol com todos os clubes do Rio. É evidente que temos o melhor futebol do mundo, esses rapazes têm um talento insuperável. Só que o futebol está se tornando um negócio internacional no Brasil e esse fenômeno é absolutamente natural no mercado capitalista. Somos o maior celeiro do mundo, mas falta profissionalização. O governador criticou ainda o processo eleitoral nas entidades esportivas e pediu o distanciamento do departamento de futebol do restante do clube.


- Sinceramente acho que um clube como o Flamengo não pode ter o futuro definido por “meia dúzia” de dois mil de sócios, entre eles e eu. É uma injustiça. O futebol é um caso à parte. Assim como no meu Vasco da Gama e outros clubes. Temos que ter uma estrutura profissional. Os sócios podem decidir, mas juntamente com uma estrutura profissional.


O clube deve ser tratado como empresa.

Mesmo à distância, Sérgio Cabral apontou o São Paulo como exemplo a ser seguido. No embalo, o político cutucou ainda os críticos da “Lei Pelé”. - O São Paulo não chegou onde chegou à toa. Se não é o ideal, é quem mais se aproxima de uma estrutura profissional. O mercado se estrutura, os jogadores também, mas os clubes também têm que fazer isso. Os clubes não se prepararam. Alguns criticam a Lei Pelé. Acho que ela foi uma grande carta de alforria para estes atletas, que eram reféns de estruturas antigas de clubes que não se modernizaram. Essa é a verdade. O governador do Rio de Janeiro prometeu repassar em breve para o setor privado a administração do Maracanã.


- Vamos largar o osso e deixar para o setor privado. Não é tarefa do governo administrar o Maracanã. No mundo inteiro isso não acontece. A responsabilidade do governo é dar segurança ao Maracanã e conceder para o setor privado os investimentos que o estádio precisa. Antes disso, porém, Sérgio Cabral garante ter uma missão: entregar o “maior do mundo” em condições de receber a Copa do Mundo de 2014.


- Temos que nos preparar. O Maracanã será sede da final da Copa do Mundo e quem já jogou na Europa sabe como é o conforto tanto para o torcedor quanto para os atletas. Temos que avançar em todos os estádio brasileiros praticamente para termos condições de receber uma Copa. Se compararmos o Maracanã de 2005 com o de 2009, percebemos avanços, mas está longe do ideal.

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